Projeto Novo Paradigma Educacional para o Centro Paula Souza
1) Introdução
Já faz algum tempo que os recursos de TI
juntamente com o advento da popularização da Internet têm impingido significativas
mudanças em nossas vidas, exigindo adaptações ágeis para conseguir acompanhar a
evolução tecnológica. Quem não se adequa ao novo modelo acaba ficando cada vez
mais excluído da sociedade moderna.
O velho e antiquado paradigma de ensino
informacional ainda muito usado em sala de aula merece uma atenção maior, pois
a tecnologia evolui de maneira ágil e os recursos estão disponíveis, mas não
estão sendo adequadamente utilizados.
É preciso parar e pensar sobre a
estrutura da aula ministrada, de modo a verificar o desempenho do aprendizado
pelos alunos.
Transferir conhecimentos de maneira
efetiva requer “manobras” educacionais que motivem os alunos, fazendo-os
interessar pelo assunto. O professor “show man” certamente saberia como fazer
isso, mas a maioria dos professores não tem este recurso. É aí que entra então
uma nova forma de ensino utilizando recursos de TI e multimídia, estruturando a
aula de maneira a cativar a curiosidade e o interesse dos alunos.
Nesta nova estratégia de ensino, o
professor deixa de adotar um discurso informacional unidirecional para exercer
um papel de Facilitador do aprendizado, incentivando a iniciativa própria dos
alunos na busca no conhecimento. É preciso mudar a ideia de que o professor
deve ensinar, para outra postura: Induzir
o aluno a querer aprender. Uma vez conseguido este objetivo, já é meio
caminho andado. A continuação do processo segue criando meios para que o aluno
obtenha o conhecimento.
Quadro negro, giz e apagador, mesmo
tendo ainda a preferência de muitos professores e alunos, constituem
instrumentos ultrapassados que devem ser substituídos por outros recursos
atuais.
Seria ilusório acreditar na viabilidade
de mudança do atual paradigma de ensino de maneira brusca. É preciso elaborar
um planejamento, provavelmente de médio ou longo prazos, criando mecanismos
para alterar a postura do docente e do discente segundo uma nova maneira de
interação.
2) Ferramentas disponíveis para o ensino
São muitas as ferramentas disponíveis
que podem auxiliar no processo de aprendizado dos alunos.
- a) Internet – A rede www talvez seja o elemento principal dessa nova maneira de ensino. Isto porque através da rede, os alunos podem ter acesso a materiais teóricos e práticos em momento que melhor lhes aprouverem. Os recursos para acesso podem ser feitos por smartphones, tablets ou computadores.
- b) Vídeos – Os conteúdos teóricos podem ser gravados em vídeo-clips, preferencialmente de curta duração, estando disponíveis na rede e podendo ser acessados quantas vezes desejar. É fato que imagens valem por mil palavras. E vídeos valem por quantas palavras (ou livros)?
- c) Questões e testes de avaliação – Outro recurso importante para que cada aluno faça sua auto-avaliação tantas vezes quanto achar conveniente para solidificar os conceitos. As avaliações ficam também gravadas na rede e podem ser acessados de qualquer lugar, a qualquer momento.
- d) Software – Uma aplicação específica voltada para dar suporte aos alunos deve estar disponível para que o próprio aprendizado seja monitorado, permitindo controlar os conteúdos vistos, os testes executados, as métricas para análise do desempenho, etc.
- e) Aplicativos – Programas técnicos específicos, Editores de texto, Gerenciadores de banco de dados, e outros aplicativos devem estar disponíveis para serem usados pelo corpo docente e discente.
- f) Base de conhecimento – Utilizado para pesquisas, constitui uma base de dados unificada sobre diversos assuntos de interesse dos alunos, com acesso controlado.
- g) Fórum de debates – Ferramenta para troca de ideias e conhecimentos sobre qualquer assunto didático.
- h) Bibliografia – Conjunto de material teórico digital de preferência para servir consulta e aprofundamento dos temas. Deve estar disponível na rede.
3)
Conclusão
Já se faz tarde a mudança do paradigma de ensino. O
desempenho da formação dos alunos está muito aquém do desejado em muitas
instituições de ensino.
Mudar este status
quo adquire uma prioridade alta e objetiva buscar maior eficiência na
formação do corpo discente, preparando-o de forma mais efetiva que lhe permita
enfrentar os desafios do mercado com maior propriedade.
Os recursos para esta empreitada existem e não
requerem grandes investimentos. A dificuldade maior é a mudança da cultura, do
modelo de ensino que precisa acompanhar a evolução da tecnologia na mesma
celeridade.
A cultura do quadro negro e do giz está impregnada
não só no corpo docente, mas também no corpo discente, que chega à universidade
com a formação baseada no paradigma do quadro negro e do giz, ao longo dos
anos.
Mudar, portanto, esta cultura exige prazo dilatado e
deve ser implantado desde tenra idade. Até que isto aconteça, imponha-se esta
mudança no ensino superior.
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